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Recessão: queda poderá ser de 4,7% na economia, diz governo

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Se as medidas de isolamento durarem até depois de maio, a retração pode chegar a 6% (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A recessão vem aí. A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia projetou hoje (13) no Boletim MacroFiscal, queda de 4,7% da economia neste ano, devido aos efeitos da pandemia da Covid-19.

“Provavelmente, a retração do PIB neste ano será a maior de nossa história. Não obstante, é fato que o efeito dessa doença aflige a grande maioria dos países. Conforme as projeções dos analistas econômicos, a queda na atividade será uma das maiores para muitos países desenvolvidos e emergentes no período pós-guerra. Desta maneira, a paralisação das atividades, deterioração do emprego e a piora no cenário internacional promoveram redução na projeção do crescimento brasileiro de 2020 para -4,7%, que anteriormente era de 0,0% – valor presente na Grade de Parâmetros de março de 2020”, diz a publicação.

Em março, início da crise do coronavírus, a previsão era de estabilidade (0,02%). Já para 2021, a previsão é que o PIB cresça 3,2%, ante a previsão anterior de 3,3%. Em 2022, a expectativa é de expansão de 2,6% e, em 2023 e 2024, 2,5% em cada ano.

A previsão se aproxima com a do último boletim Focus, publicação elaborada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos, que em sua última estimativa apontou retração de 4,11%.

Piora

Segundo Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, as estimativas podem piorar se as medidas de isolamento durarem até depois de maio. “A cada semana que [se] aplica o distanciamento social, aumenta a probabilidade de falência de empresas, aumenta o desemprego e afeta a velocidade de retomada da economia”, disse.

O subsecretário de Política Macroeconômica do Ministério da Economia, Vladimir Kuhl Teles, disse que a cada 14 dias a mais de isolamento social, o PIB cai 0,7 ponto percentual, com perdas de faturamento de R$20 bilhões do setor produtivo, por semana. Ele acrescentou que se o isolamento durar até o fim de junho, a queda do PIB será superior a 6%.

Inflação

A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) é 1,77% neste ano, e 3,3% em 2021.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) a estimativa é de 2,45%, em 2020, e de 3,50% em 2021.

No caso do Índice Geral de Preços–Disponibilidade Interna (IGP-DI), a expectativa de variação é 4,49%, neste ano, e 4% em 2021. 

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