O diretório estadual do PSDB adiou a decisão sobre a possibilidade de desembarque do governo Michel Temer (PMDB), o que não agradou a toda militância da sigla. Boa parte dos membros queriam a saída, mas foram convencidos pelo governador Geraldo Alckmin e o prefeito de São Paulo, João Doria, a aguardar o desfecho do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que pode cassar a chapa Dilma-Temer.
A coordenação tucana na região oeste chegou a se reunir nas últimas semanas para tratar do assunto, em Santana de Parnaíba. “Se não houver a cassação da chapa, o PSDB deve sair do governo, essa foi a opinião da maioria. Mas com responsabilidade”, comentou José Carlos Vido, coordenador da legenda. “O PSDB foi protagonista da retirada da presidente Dilma Rousseff (PT) do poder e não pode ser hoje irresponsável”, comentou.
O partido segurou a decisão, pois quer avaliar o impacto que o desembarque pode ter com relação as reformas que têm sido debatidas sobre a previdência e leis trabalhistas. “Se a chapa for inviabilizada, o PSDB se apresenta para fazer essa transição de governo, temos quadros para isso, e se não for o partido vai reavaliar nos próximos dias a permanência ou não”, concluir.