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Unifesp Osasco: ex-ministro da Educação tem salário de professor suspenso

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O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, estava no quadro de professores da Unifesp Osasco (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Professor da Unifesp em Osasco, Abraham Weintraub deveria ter retornado ao trabalho em novembro de 2022; defesa diz que universidade não acatou pedido de licença

O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub e a esposa, Daniela Weintraub, tiveram os salários suspensos pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Segundo informação publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, eles foram denunciados por receber o valor sem trabalhar nos últimos meses.

Morando nos Estados Unidos, o ex-ministro era professor do curso de ciências contábeis no campus de Osasco e não compareceu à universidade para dar aulas no último semestre. Mesmo assim, ele teria recebido o valor de R$ 4.020 por mês, o que totaliza mais de R$ 16 mil, que foi pago entre os meses de dezembro e março deste ano.

Esposa de Weintraub pediu licença médica e não retornou

Já a esposa do ministro, Daniela Weintraub, professora do Departamento de Ciências Atuariais, tirou uma licença para tratamento de saúde em família e deveria ter retornado ao trabalho no fim de novembro. Ela não compareceu à universidade desde então, mas recebeu salário entre janeiro e fevereiro. Agora, responde a processo administrativo por abandono de cargo.

Unifesp Osasco: ex-ministro da Educação tem salário de professor suspenso
Unifesp Osasco: Abraham Weintraub estava no quadro de professores do curso de Ciências Contábeis e a esposa de Ciências Autuarias (Divulgação/Unifesp)

O advogado de Weintraub alegou que fez uma solicitação de licença para tratar de “assuntos particulares”, mas, o pedido foi negado pela reitoria da universidade “por vingança ao ex-ministro da Educação”, disse em entrevista para Folha de S. Paulo.

Abraham Weintraub pediu férias que terminaram em novembro de 2022

Professor da Unifesp desde 2014, ele deveria ter voltado para a universidade em outubro do ano passado, mas solicitou férias na data, que vigoraram até 1º de novembro. “O servidor não compareceu na universidade no último ano. Não há registro de presença dele na Unifesp”, afirmou a instituição em nota.

A instituição suspendeu, de forma preventiva, o pagamento de salários de abril e maio após a denúncia de que ele estaria recebendo sem trabalhar. “Eventual valor indevidamente recebido pela não prestação de serviço acarreta ao agente público a devolução ao erário dos valores correspondentes a serem apurados no devido processo administrativo pertinente”, diz a universidade.

Daniela responde a processo administrativo disciplinar de rito sumário por faltas injustificadas e abandono. “A universidade seguiu os fluxos internos institucionais para a apuração dessas ausências, suspendendo o salário da servidora, cujo processo administrativo disciplinar pertinente está em curso”, diz a universidade.

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