O vereador de Santana de Parnaíba, Silvinho Filho (PSD), protocolou indicação em que pede a suspensão dos efeitos do decreto 4651/2021, do prefeito Marcos Tonho (PSDB), que prevê a desapropriação de casas na rua Padre Luís Alves Siqueira Castro. Porém, os moradores da rua que fica no Jardim Parnaíba alegam que não foram procurados pela administração e que não aceitam deixar suas casas.
“Considerando que muitas famílias residentes na localidade são tradicionais de Santana de Parnaíba e não tinham conhecimento da necessidade de utilização desta área por parte do Poder Municipal e que muitos estão realizando reformas e benfeitorias em seus imóveis. Então, indico ao Executivo, que tal ação de desapropriação, seja revogado”, pede o parlamentar no documento.
Segundo o decreto, são 28 áreas que, juntas, somam 10.156,21 m². De acordo com o artigo 2° do decreto, as áreas declaradas serão destinadas a abertura, conservação e melhoria de vias públicas e também para a construção de edifícios públicos. No local, há dezenas de residências, as quais estão atrás do muro ornamental, em processo de construção na via de acesso à ponte sobre o rio Tietê.
No entanto, os moradores questionam a quantidade de residências e famílias que serão afetadas com a desapropriação. “Essa região é composta por lotes que possuem duas ou até três casas, então, esse valor do terreno não contempla a realidade das famílias. Além disso, até o momento, não fomos informados sobre o motivo da desapropriação”, garante Willian Rodrigues, que é autônomo e morador do bairro.
Rodrigues explicou ainda que as informações, que não são oficiais, no entanto, apontam que a área será desapropriada para construção de um novo acesso do bairro ao Centro Histórico. “Existem outras opções mais baratas e que vão servir para solucionar os problemas viários. Não é necessário retirar famílias que vivem há 70 anos no bairro, no mesmo local. Isso chega a ser desumano e ainda não conseguimos digerir bem essa situação”, lamentou afirmando que as famílias não foram procuradas pela Prefeitura. “Já tivemos uma reunião com um advogado para tentar solucionar essa questão, já que até agora não fomos procurados pela administração para entender o assunto e tentar impedir as desapropriações”, finalizou.
A reportagem do Giro S/A entrou em contato com a Prefeitura de Santana de Parnaíba, mas até o fechamento desta reportagem não obteve retorno dos questionamentos.
*(Foto da Capa: Márcio Koch/Secom Santana Parnaíba)
