A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta quarta-feira (27), um total de 29 mandados de busca e apreensão no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura produção de fake news (notícias falsas) e ameaças à Corte. Entre os alvos estão aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O inquérito, que corre em sigilo, foi aberto no dia 14 de março de 2019 pelo presidente do STF, Dias Toffoli, com a intenção de investigar a existência de uma rede de produção e propagação de fake news.
Os alvos da ação são:
• o ex-deputado federal Roberto Jefferson;
• a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP);
• a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF);
• o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ);
• o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP);
• o deputado estadual Gil Diniz (PSL-SP);
• o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR);• o deputado federal Geraldo Junior do Amaral (PSL-MG);
• o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança;
• o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan;
o blogueiro Allan dos Santos, próximo ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido);
• o músico e humorista Rey Biannchi;
• o youtuber Enzo Leonardo Suzin Momenti;
• a ativista bolsonarista Sara Winter;
• o empresário Edgard Corona, presidente da rede de academias Smart Fit;
• o comandante Winston Rodrigues Lima, coordenador do Bloco Movimento Brasil.
Vale ressaltar que os deputados citados não tiveram computadores, celulares, tablets e outros dispositivos eletrônicos apreendidos, como os demais alvos da operação, mas terão que prestar depoimento à Polícia Federal em até dez dias como parte das investigações. Segundo a analista de política Daniela Lima, o ministro Alexandre de Moraes determinou que os conteúdos das postagens feitas por eles sejam 100% preservados para análise, mas não ordenou busca e apreensão para esses casos.