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Descrédito deve aumentar as abstenções

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Foto: Geraldo Mazela

A falta de credibilidade na política pode fazer o número de eleitores votantes “despencar” nas eleições de 2018. A operação Lava-Jato deflagrada em 2014 e seus desdobramentos revelaram diversos esquemas de corrupção, levando muitos a optar por não participar do processo eleitoral.

Na região, os índices de eleitores que não compareceram às urnas ou que votaram em branco ou nulo na eleição de 2016 (prefeito e vereador) chamou a atenção. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que a região que possuía quase 1,2 milhão de eleitores registrou a ausência de 230.038 nas urnas. Outros 75.920 votaram em branco e 223.912 anularam o voto. Entre as cidades, Osasco, a única com 2º turno em 2016, teve índice de abstenção de 24,78% (confira na tabela).

Para o cientista político, Gerson Moraes, professor da Universidade Mackenzie, o país passa por um processo de desintoxicação. “Infelizmente, muitos acreditam que a omissão é o melhor caminho, mas não é. Estamos passando por um processo de mudança e, por isso, ainda vamos lidar com a abstenção por muito tempo”, disse, acrescentando que o país precisa adotar o voto facultativo. “Os políticos teriam que se esforçar, com propostas bem elaboradas, para tirar o eleitor de casa. Desta forma, teríamos um voto mais qualificado”, finalizou.

51% de votos nulos não cancelam eleição

A somatória do descrédito na política e as redes sociais podem fazer surgir fake news, entre elas, mensagens que afirmam que caso 51% dos eleitores votem nulo, as eleições são canceladas. A informação não é verdadeira. De acordo com o TSE, neste caso será eleito o candidato que tiver a maioria dos votos válidos. “A Constituição Federal de 1988 afirma, em seu art. 77, parágrafo 2º, que é eleito o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os brancos e os nulos, que não são computados. Em que pese o mito, não é possível cancelar um pleito mesmo se mais da metade dos votos for nula”, diz a legislação.

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