As duas deputadas federais da região – Bruna Furlan (PSDB) e Renata Abreu (Pode) – gastaram juntas, de janeiro a junho deste ano, R$ 2.032.181,71 com uma série de benefícios, como ajuda de custo, auxílio-moradia, verba de gabinete para contratar assessores, verba para bancar passagens aéreas, locação de veículos, serviços de segurança, combustíveis, correspondências, telefones, além de ressarcimentos médicos e odontológicos.
Cada parlamentar tem direito a uma cota para ser gasta com as despesas de transportes e manutenção de escritórios, entre outras, de até R$ 37.043,53 mensais e R$ 106,8 mil por mês para contratar até 25 assessores com salários que vão de R$ 980 a R$ 15 mil.
Um estudo da ONG Transparência Brasil mostra que há no país um excesso de dispêndios de parlamentares. “O Congresso brasileiro é o que mais pesa no bolso da população, quando comparado aos custos das Casas de outros 11 países desenvolvidos ou emergentes”, explica o estudo.
O professor de direito administrativo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Armando Rovai, comenta sobre a importância da sociedade civil na inspeção das despesas. “Nada além do que já prevê a lei, não estão fazendo favor para ninguém divulgar esses gastos. Esse é um momento de ternura, de mobilização da sociedade civil em fiscalizar o que está sendo feito e como aplicado.Transparência é o melhor caminho para não haver dúvidas”, diz Rovai.
