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Homicídio no Brasil: mil crianças e adolescentes foram vítimas

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Se conhecer alguma criança ou adolescente nessa situação, denuncie. (Foto: Fernando Frasão / Agência Brasil)

Com o aumento do período de quarentena e isolamento social devido à pandemia do coronavírus, crianças e adolescentes ficam mais expostos e vulneráveis às violências física, sexual e psicológica.

“Neste momento de pandemia, ficar em casa é importante para a proteção contra o coronavírus. Mas é preciso também que todos façamos um esforço extra e estejamos atentos para evitar que crianças e adolescentes sofram agressões e outros atos de violência”, explica Rosana Vega, chefe de Proteção à Criança do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil.

Em dados divulgados pelo órgão, de 1996 a 2017, 191 mil crianças e adolescentes de 10 a 19 anos foram vítimas de homicídio no Brasil. Para evitar abusos e negligências, o Unicef divulgou cinco dicas para ajudar esse grupo etário, seja em casa ou denunciando.

1. Cuide das crianças e dos adolescentes

A casa deve ser um lugar seguro para as crianças. Se você tem crianças e adolescentes em casa, procure criar um ambiente de paciência, amor, carinho e segurança para sua família, especialmente para eles. Converse e brinque, sempre explicando sobre a atual situação. Entender o que está acontecendo é o primeiro passo para que ela se sinta segura.

2. Cuide de você

É normal sentir ansiedade, nervosismo ou estresse em uma situação como a pandemia da Covid-19, por isso é importante cuidar da saúde mental. Tenha uma rotina diária e não desconte seu estresse ou frustração nas crianças e nos adolescentes. Sempre se mantenha informado e evite de ver notícias sobre o tema e fuja das fake news, consultando sempre fontes de informações confiáveis.

3. Procure ajuda

A entidade traz em sua nota uma mensagem importante: você não está só. Se houver a necessidade de sair, peça ajuda para alguém de confiança ou ligue para o conselho tutelar. Se conhecer alguém nessa situação, ofereça ajuda e entre em contato com os órgãos de proteção responsáveis, quando necessário.

Em caso de tristeza, desânimo ou ansiedade, qualquer pessoa pode conversar com o Centro de Valorização da Vida (CVV), que presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio. Crianças, adolescentes e adultos podem ligar para o 188 ou acessar pela internet (cvv.org.br), a qualquer dia e a qualquer hora. Não há necessidade de se identificar.

4. Denuncie

Proteger crianças e adolescentes é responsabilidade de todos da sociedade, principalmente em momentos de crise. O estresse e a pressão em tempos de coronavírus não podem ser desculpas para relativizar a violência. Castigos físicos, agressões psicológicas, abuso, exploração sexual e violência baseada em gênero não podem ser tolerados sob nenhuma circunstância e devem ser denunciados, para prevenir que ocorram. Por isso, tenha em mãos os canais de denúncia para qualquer situação de violência contra crianças e adolescentes.

5. Conheça e divulgue os canais de proteção

Para que se tenha um combate efetivo contra a violência a crianças e adolescentes, a Unicef recomenda conhecer os canais de proteção e denunciar, caso necessário. Sempre acionando o Conselho Tutelar da região, ligando no Disque 100 ou, se necessário, procurando a polícia. É preciso fortalecer o Sistema de Garantia de Direitos, compartilhando essas informações com familiares, amigos, vizinhos e todos que conhece por meio das redes sociais.

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