Logo Giro
Search
Close this search box.
giro

Em Carapicuíba, quatro homens são presos na Operação Raio X, que apura desvios na saúde

Logo Giro
Hospital Geral de Carapicuíba foi um dos alvos da organização criminosa (Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo)

O Ministério Público (MP) realizou no sábado (3), mais uma fase da Operação Raio X, que teve início no ano passado e resultou na desarticulação de uma organização criminosa que desviava dinheiro público da área da saúde, por meio de vários contratos de serviços não prestados e superfaturados, em plena pandemia do novo coronavírus.

Em um pedido feito pela Promotoria de Carapicuíba, foi oferecida denúncia contra 14 pessoas pelo desvio de mais de R$ 10 milhões do Hospital Geral e do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) entre dezembro de 2018 e setembro de 2020, quando as unidades eram geridas pela Organização Social de Saúde Associação Irmandade de Pacaembu. No total, foram cumpridos mandados de prisão expedidos pela Justiça contra quatro homens, nesta nova etapa, que apreendeu documentos, eletrônicos, valores em dinheiro e bens.

Na denúncia, a Promotoria demonstra como cada um dos réus atuava para que houvesse a prática de crimes de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. Além dos suspeitos que foram detidos, os demais responderão ao processo em liberdade e estão proibidos de acessar sedes ou filiais de pessoas jurídicas que prestam serviços do Poder Público, ausentar-se na comarca de domicílio por mais de dez dias sem autorização, manter contato com as testemunhas do processo e exercer função pública ou atividades em pessoas jurídicas contratadas pela administração pública.

Todos os denunciados (presos ou em liberdade) já respondem a ação civil pública pelos mesmos fatos e tiveram seus bens declarados indisponíveis.

O crime
De acordo com que o foi apurado pela promotoria, o líder do esquema criminoso, ficou recentemente conhecido por tentar enganar o Supremo Tribunal Federal com exames médicos falsos, para tentar conquistar sua liberdade.

Dois diretores do Hospital Geral de Carapicuíba foram responsáveis pelos contratos que justificavam a saída do dinheiro dos cofres públicos. Dois empresários recebiam o dinheiro desviado e devolviam parte para os demais integrantes da organização criminosa.

Outro integrante da organização era responsável por emitir as ordens do líder, além disso, ele cobrava e exigia a execução de tarefas dos demais membros da organização criminosa. Este homem, também figurou como motorista fantasma do hospital.

Para fechar o “esquema”, uma empresária suspeita abriu empresas especificamente para os desvios, sacava em dinheiro os valores oriundos do crime e distribuía entre os demais membros da organização criminosa. 

*Com Informações do Ministério Público.

Receba nossas notícias em seu e-mail