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No Brasil, 134 milhões de pessoas utilizam a internet

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O envio de mensagem pelo WhatsApp é um dos recursos mais utilizados(Foto: Agência Brasil)

Segundo informações da TIC Domicílios 2019, realizada pelo Centro Regional para o Desenvolvimento de Estudos sobre a Sociedade da Informação, vinculado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil,134 milhões de brasileiros têm acesso à internet. Embora a quantidade de usuários e os serviços online utilizados tenham aumentado, ainda existem diferenças de renda, gênero, raça e regiões.

Conforme o estudo, 74% dos brasileiros acessaram a internet pelo menos uma vez nos últimos três meses. Se consideradas as pessoas que utilizam aplicativos que necessitam da conexão à internet, o percentual sobe para 79%.

O acesso teve índices parecidos entre mulheres, com 74% e homens, com 73%. Mas os dados da pesquisa evidenciam que o índice varia entre as pessoas nas áreas urbana, com 77% e rural, com 53%.

O percentual difere também entre brancos, com 75%, pardos com 76%, pretos, 71%, amarelos, 68% e indígenas com 65%. 97% dos usuários que têm curso superior acessam a rede e 16% dos analfabetos ou da educação infantil usam a internet.

No recorte por renda, o nível foi de 61% entre os que ganham menos de um salário mínimo, 86% entre os que recebem de três a cinco salários mínimos e 94% entre os usuários com renda acima de 10 salários mínimos. O índice também é distinto entre os participantes da força de trabalho, com 81% e os fora das atividades laborais, com 64%.

Dispositivos

Em relação aos aparelho, os smartphones, dentre outros aparelhos móveis são os mais utilizados para se conectar, seguidos de computadores, TVs e vídeogames. A alternativa por televisores aumentou 7% de 2018 para 2019.

Do total de usuários, 58% o fazem apenas por essa tecnologia. Em 2014, o percentual era maior pelo computador do que pelo celular, e desde então a tendência se inverteu. No recorte por características socioeconômicas, a exclusividade do acesso móvel foi maior no campo do que nas cidades, entre pretos do que entre brancos e nas classes D e E do que na A.

Tecnologias digitais

De acordo com a pesquisa, 58% das pessoas já utilizaram um computador. Nos recortes por gênero e raça, houve variação entre mulheres, com 55% e homens com 62% e entre brancos com 63%, pardos com 57%, pretos com 55%, amarelos com 57% e indígenas com 48%. Na avaliação por renda, há diferença também entre os que recebem até um salário mínimo, com 41% e mais de 10 salários mínimos com 92%. Na área urbana, o índice é de 62%, enquanto na rural fica em 32%.

Uso

Em relação à frequência de uso, 90% relataram acessar todos os dias, 7% pelo menos uma vez por semana e 2% pelo menos uma vez por mês.

Os recursos mais utilizados são o envio de mensagens por WhatsApp, Skype ou Messenger, redes sociais como Facebook ou Snapchat, chamadas de vídeo por Skype ou WhatsApp, acesso a serviços de governo eletrônico, envio de e-mails, compras por comércio eletrônico e participação de listas ou fóruns.

As informações mais buscadas foram sobre produtos e serviços, serviços de saúde, pagamentos ou transações financeiras e viagens e acomodação. Na área de educação e trabalho, as práticas mais comuns foram pesquisas escolares, estudo online , atividades de trabalho e armazenamento de dados.

Na avaliação do gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa, os dados da pesquisa evidenciam que “embora o acesso esteja aumentando, o uso mais sofisticado ainda está na mão de pessoas de classe, renda e escolaridades mais altas”, uma vez que diversos usos são mais comuns entre mais ricos e com maior instrução formal do que em outros segmentos.

Por isso, Barbosa defende a necessidade de se preocupar “com o desenvolvimento de habilidades digitais para todo mundo, considerando que serão exigidas competências que não temos hoje” acerca dessas tecnologias digitais.

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