Imagine que seu filho tenha sido aceito no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, considerada a melhor universidade de tecnologia do mundo. Pois é. Isso aconteceu com o estudante Orisvaldo Salviano, que recebeu uma carta do MIT dizendo que ele “se destaca como um dos alunos mais talentosos e promissores de um dos grupos de candidatos mais competitivos da história do instituto”.
Conheça a história de brasileiros que foram estudar no exterior, mas decidiram não voltar mais para o Brasil. Ricardo Vilela foi para intercâmbio de idioma. Hoje vive em Eindhoven, na Holanda, onde se desenvolveu como pintor com obras expostas em galeria de arte. Outro estudante é Danilo Rossi, que foi estudar em Londres e hoje em dia vem ao Brasil apenas para visitar a família e amigos.
Orisvaldo foi feliz em sua missão de buscar estudo em outro país, mas muitas pessoas correm o risco de perder tempo e dinheiro, além de sofrer com a frustração por terem sido enganadas. No caso do jovem cearense ele recebeu auxílio de um escritório da Education USA no Brasil.
A brasileira Maria Cláudia Sampaio, diretora da “Babylandia e Atuação”, uma escola bilíngue no Brasil, com filial em Orlando, explica que é preciso ter cautela ao obter as informações corretas para estar em outro país quando se pretende conhecer outras culturas, conhecimento e novas experiências.
“É preciso efetuar a escolha certa e estar ciente de todos os direitos, deveres e documentos necessários para a viagem, na hora de contratar uma agência, isso é essencial para evitar contratempos. Ao definir o destino, o ideal é procurar o consulado com objetivo de obter todos os detalhes em relação aos tramites burocráticos. Em seguida, cheque a credibilidade da empresa na qual pretende contratar para o intercâmbio, que não pode ser comparada com uma viagem a passeio. Independente de a viagem ter finalidades para estudo ou emprego temporário, saber onde, quando e como proceder, é fundamental”, diz.
365 mil estudantes
Pesquisa da Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio mostra que o mercado brasileiro de educação estrangeira alcançou a marca de 365 mil estudantes, movimentando cerca de US$ 3 bilhões em programas educacionais.
Os cursos de idiomas continuam sendo os mais procurados e os destinos que estão no topo da lista são Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Austrália e a República de Malta (arquipélago, localizado ao sul da Itália), que passou a figurar em sexto lugar.
Dados distorcidos
Quem alerta para outros cuidados na hora de fazer intercâmbio é Gustavo Scorzelli, da Rio Athletic, empresa faz a intermediação de intercâmbio esportivo, acadêmico e cultural nos Estados Unidos e Canadá.
Graduado em Business Management pela Judson University (Elgin, Estado de Illinois), ele foi estudante-atleta na mesma universidade e também da Indian Hills Community College (Centerville, Estado de Iowa). “O mercado de intercâmbio cresceu muito nos últimos anos com o surgimento de novas pequenas e grandes empresas que passam informações distorcidas e erradas do custo total para fechar a venda rapidamente, enganam os clientes em solo brasileiro sem enviar as pessoas para o exterior de acordo com a intenção de cada cliente”, afirma.
Segundo ele, muitas empresas focam somente em enviar jovens, ou seja, aumentar o numero de clientes em solo americano, mas não oferecem acompanhamento após o embarque, o que prejudica muito o sucesso dos jovens nos Estados Unidos. “Neste caso, muitos retornam para o Brasil antes de alcançar o objetivo, e ainda induzem o cliente a escolher algum destino especifico onde a própria empresa é beneficiada”.
Scorzelli alerta que uma das formas de evitar dores de cabeça é incluir o serviço de acompanhamento no contrato de prestação de serviços e ter contato direto com a empresa que enviou o jovem. Desta forma, as famílias conseguirão entender melhor as diferenças existentes na cultura americana e resolverão todos os problemas iniciais em solo americano com todo suporte da empresa.
