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Fórum financiado por setor privado é suspenso

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Coordenadores do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, que integram o Ministério Público do Trabalho e o Ministério Público Federal, assinaram uma nota na qual defendem a realização anual do Encontro Nacional de Fiscalização e Seminário sobre Agrotóxicos (Enfisa), desde que custeado com recursos públicos.

A nota foi emitida logo após o referido fórum tomar conhecimento da suspensão da 16ª edição do encontro, que aconteceria na próxima semana, na cidade de Palmas (Tocantins), com boa parte custeada por entidades vinculadas a empresas do setor de agrotóxicos.

Para o subprocurador-geral do MPT em exercício, Pedro Serafim, que coordena o fórum, “especialmente no contexto em que se discute o marco regulatório dos agrotóxicos e a sociedade vem se expressando contra liberação de mais veneno, é imprescindível defender a fiscalização fortalecida, livre e determinada em seus objetivos.”

Notícias de que o Enfisa vinha sendo financiado por entidades ou empresas do setor de agrotóxicos foram recebidas no ano passado, o que levou a coordenação do fórum a encaminhar representação ao MPF, ao Grupo de Trabalho Agrotóxicos e Transgênicos.

Para Serafim, a atuação foi preventiva e está dentro dos objetivos o encontro de agentes públicos de órgão regulador, como o Ministério da Agricultura, ser financiado pelo setor regulado “poderia configurar conflito de interesses”.

Para o Fórum Nacional, “a atuação plena e eficiente de abnegados agentes públicos da fiscalização pode significar muito em termos de segurança alimentar, proteção da saúde do trabalhador e do meio ambiente”, acrescentou.

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