A arquiteta Flavia Saldon Warissaya, moradora de Barueri, pesquisa e adquire quase todo o material escolar pela internet. “Confiro os produtos em duas ou três lojas. Divido no máximo em duas delas. No final, o frete sai praticamente de graça”, conta Flávia. A arquiteta tem razão em pesquisar. Segundo o Procon-SP, há diferenças expressivas em vários itens. A maior delas encontrada foi de 381,11%: caixa com seis cores (90g) em massa de modelar. Há diferenças de preços entre marcas e temas que estão na “moda”, que aparece nos cadernos.
Antes da pandemia, a arquiteta Flavia Saldon Warissaya, moradora de Barueri, comprava os materiais escolares dos filhos em um armarinho tradicional da região. Mas com o novo coronavírus e, agora com o avanço de casos da Influenza, ela passou a pesquisar e adquirir quase todos os itens pela internet. “Confiro os produtos em duas ou três lojas. Divido no máximo em duas delas. No final, o frete sai praticamente de graça”, conta Flávia. E acrescenta: “Comprar apenas um caderno, por exemplo, em uma loja, não compensa. O frete acaba saindo mais caro que o produto.”
A arquiteta tem razão para pesquisar bastante e ficar atenta aos custos. Segundo pesquisa de preços de material escolar realizada pelo Procon-SP em oito sites, há diferenças expressivas em vários itens. A maior delas encontrada foi de 381,11%: caixa com seis cores (90g) da massa de modelar Abelhinhas Soft, da marca Acrilex. Em um local, ela era vendida em um por R$ 12,99, enquanto em outro por R$ 2,70; o preço médio apurado foi de R$ 4,83.
O núcleo pesquisou os seguintes produtos no período de 7 a 10 de dezembro de 2021: apontador, borracha, caderno, canetas esferográfica e hidrográfica, colas em bastão e líquida, giz de cera, estojo de lápis de cor, lápis preto, lapiseira, marca texto, massa de modelar, papel sulfite, refil para fichário, régua, tesoura escolar e tinta para pintura a dedo.
Para a comparação, foram considerados somente os itens comercializados em, no mínimo, três sites visitados, totalizando 79 produtos. Os sites verificados foram: Amazon, Americanas, Gimba, Kalunga, Lepok, Livrarias Curitiba, Magazine Luiza e Papelaria Universitária.
“A diferença de preço chega a ser escandalosa. O consumidor precisa pesquisar antes de fazer sua compra. Mais do que nunca é preciso unir forças e quando os pais se juntam, o poder de compra aumenta muito. Com isso é possível negociar melhores valores e todo mundo sai ganhando. Não aceite preços abusivos, busque outros estabelecimentos, faça compras online, mas não pague além do que a média praticada pelo mercado. A pesquisa que realizamos serve justamente para ajudar o consumidor nessa missão de encontrar os produtos com os melhores preços”, alerta Fernando Capez, diretor do Procon-SP.
Comparação com os preços de 2020
Após comparação dos produtos comuns entre esta pesquisa e a última realizada entre os dias 17 e 19 de novembro de 2020, constatou-se, em média, acréscimo de 15,96% no preço médio. O IPC-SP (Índice de Preços ao Consumidor de São Paulo) da FIPE, referente ao período, registrou variação de 11,12%.
Dicas para o consumidor economizar
– Antes de ir às compras, é bom verificar quais dos produtos da lista de material o consumidor já possui em casa e, ainda, se estão em condição de uso, evitando compras desnecessárias.
– Promover a troca de livros didáticos entre alunos também garante economia.
– Na lista de material, as escolas não podem exigir a aquisição de qualquer material escolar de uso coletivo (materiais de escritório, de higiene ou limpeza, por exemplo), conforme determina a Lei nº 12.886 de 26/11/2013.
– Pesquisar preços nas lojas e verificar valor do frete são essenciais.
– Alguns estabelecimentos concedem bons descontos para compras em grandes quantidades. Compras coletivas são interessantes.
– O consumidor deve sempre verificar se o estabelecimento pratica preço diferenciado em função do instrumento de pagamento (dinheiro, cheque, cartão de débito e cartão de crédito).