O governador do estado de SP, São Paulo, João Doria (PSDB), acompanhou na manhã da última quinta-feira (3), a chegada de 600 litros a granel da vacina contra o coronavírus, a CoronaVac, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac, o estado agora tem mais de um milhão 120 mil doses.
“Ao lado do Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde do Estado de São Paulo e do Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, viemos receber aqui mais um lote da vacina Coronavac, a vacina do Butantan, a vacina que vai salvar vidas de milhões de brasileiros”, disse o governador.
Os insumos vieram por meio de um voo comercial de Pequim, na quarta-feira (2), da Swiss Air Lines que fez escala em Zurique, na Suíça, antes do desembarque no Brasil.
A vacina a granel foi transportada em três bags de 200 litros cada, colocadas em um equipamento refrigerado a temperaturas de 2ºC a 8ºC. A matéria-prima será envasada pelo Butantan em frascos multidoses, conforme a configuração utilizada nas campanhas de vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).O processo de envase desta primeira remessa de insumos deve levar de quatro a sete dias e envolverá, diretamente, cerca de 40 colaboradores do Butantan. A produção será ininterrupta.
Esta é a segunda remessa do imunizante a chegar no país, sendo a primeira de 120 mil doses prontas recebida no dia 19 de novembro. No total, serão 46 milhões de doses, sendo seis milhões já prontas para aplicação e 40 milhões em forma de matéria-prima para produção, envase e rotulagem em fábrica própria do Instituto Butantan. O lote ainda passará por testes que vai conferir e validar a qualidade do produto e também do processo produtivo.
As demais remessas também vindas da China, chegarão no decorrer das próximas semanas. A disponibilização para a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), ocorrerá somente após a comprovação da eficácia, que deverá acontecer após a conclusão da terceira fase dos estudos clínicos e posterior aprovação e registro por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).O imunizante se encontra na fase final de testes clínicos em humanos no Brasil e deverá ter os resultados de eficácia anunciados na primeira quinzena de dezembro.
“Estamos cumprindo mais uma etapa fundamental para disponibilizar a vacina em tempo recorde aos brasileiros. A tecnologia e expertise do Butantan já nos permitem realizar parte do processo produtivo em nossa própria fábrica, e estamos trabalhando para muito em breve podermos produzir integralmente a vacina, mediante processo de transferência de tecnologia por parte da Sinovac”, afirma o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas