Uma lhama que vive tranquilamente em uma granja na Bélgica tem em seu sangue um anticorpo com potencial de inibir os efeitos do coronavírus.
Chamada de Winter, a Ilhama vive em um rancho de um laboratório vem sendo estudada por um grupo de cientistas
A pesquisa ainda está em fase inicial e pode demorar a ser concluída. Um possível remédio se torne realidade, o anticorpo precisa ser testado em humanos, o que não deve acontecer tão cedo.
De acordo com a BBC Mundo, em 2016, foi descoberto através de Winter que, quando o sistema imune das lhamas detecta um invasor externo, como um vírus, o seu organismo produz um anticorpo do tamanho de um quarto do tipo de anticorpo que é desenvolvido pelos humanos.
Os cientistas chamam os de “nanocorpos”. Outros camelídeos, como alpacas e os camelos, também desenvolvem esse tipo de anticorpo.
Os tubarões também desenvolvem esses elementos. Porém, segundo os cientistas que integram a pesquisa, é mais fácil lidar com uma lhama do que com um tubarão.
A vantagem dos nanocorpos é que em razão do tamanho, se agarram mais facilmente às proteínas do coronavírus, que fazem com que o Sars-Cov-2 ataque as células do corpo humano.
Nos seres humanos, o sistema imunológico não produz esses nanocorpos.
O processo de passar de uma prova de laboratório para ensaios em humanos pode demorar vários anos, mas em meio à pressão causada pelo novo coronavírus, o pesquisador acredita que esse procedimento pode acontecer em tempo recorde.
Segundo os pesquisadores, a nova fase da pesquisa começara agora com ratos, porquinhos da Índia e depois primatas, que tem o sistema imunológico parecidos com os humanos.