A montadora de automóveis francesa Renault anunciou que vai cortar 15 mil postos de trabalho. A decisão foi anunciada na última sexta-feira (29).
Os cortes fazem parte de um plano de redução de custos, que buscam realizar uma economia de mais de 2 bilhões de euros (US$ 2,2 bilhões) nos próximos 3 anos.
As demissões representam 8% dos funcionários da empresa no mundo (180 mil).Na França, a redução vai ser de mais 4.500 trabalhadores.
Impactada com a crise causada pelo coronavírus e os resultados ruins causados no mercado automotivo. No Brasil, as vendas caíram mais de 76, 3%, de acordo com a Fenabrave, o que resultou no fechamento das concessionárias no País e em outras partes do mundo.
Recentemente, o governo francês – que possui 15% do capital da empresa – chegou até a dizer que a empresa poderia deixar de existir se medidas não fossem
A notícia não repercutiu bem no país sede da montadora. No sábado (30) milhares de trabalhadores protestaram em frente a fábrica da Renault em Maubeuge, na França.
As principais críticas feitas pelos manifestantes foram direcionadas ao presidente Emmanuel Macron e o presidente da fabricante, Jean-Dominique Senard.
Segundo agência de notícias francesa RFI, o presidente da Renault se reunirá na próxima terça-feira (2) com o ministério da economia da França e representantes sindicais.
Brasil
Por aqui, as demissões não acontecerão nesse primeiro momento. Na última quarta-feira (27), o grupo Renault-Mitsubshi-Nissan anunciou novas estratégias para a empresa na América Latina.
A primeira delas foi a eleição da Renault para administrar o mercado latino. O grupo também pretende racionalizar o segmento dos veículos compactos e reduzir o número de bases de quatro para apenas uma, incluindo os produtos da montadora francês a e a Nissan.
Esses modelos serão fabricados em apenas duas plantas do grupo, que não foram reveladas.
A empresa possui quatro fábricas na América do Sul: duas no Brasil (Renault-Nissan em São José dos Pinhais e Nissan em Resende), uma na Argentina (Santa Isabel) e uma na Colômbia (Envigado).
Para o mercado brasileiro, a intenção é realizar uma divisão entre compactos (incluindo hatches e sedãs) e SUVs, com cada tipo de veículo sendo produzido em uma fábrica. A nova tendência é que os compactos sejam fabricados em São José dos Pinhais (PR), enquanto os SUVs saiam da planta de Resende (RJ).