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Deputados estaduais da região têm até 28 funcionários

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Gilmaci e Lancaster } Parlamentares aparecem na frente na região

Um exército de quase 2 mil pessoas faz parte da Assembleia Legislativa para assessorar os 94 deputados estaduais, com gabinetes que chegam a ter 30 funcionários, segundo levantamento do Giro S/A. Os parlamentares são obrigados a listar os contratados e, entre os 30 deputados com mais servidores ao seu lado, estão quatro deputados da região oeste.

A contratação não é ilegal e os legisladores têm direito a dispor de até 32 pessoas para seu gabinete. No entanto, abre uma discussão sobre a necessidade, tendo em vista o período de crise econômica.

Na região, o deputado Gilmaci Santos (PRB), que transferiu o domicílio eleitoral de Cotia para Osasco, atua com 28 funcionários em seu gabinete. Na sequência, o democrata Gil Lancaster aparece com 26, seguido do tucano Celso Giglio com 25 e de Marcos Martins (PT), com 24.

Quase 80% dos 94 deputados estaduais solicitaram a contratação de pelo menos 20 assessores, caso do itapeviense João Caramez (PSDB) de volta à Assembleia neste ano e do cotiano Marcio Camargo (PSC).

PT e o PSDB ocupam a liderança com mais assessores nos gabinetes de Ênio Tatto (PT), Luiz Turco (PT), Fernando Capez (PSDB) e Gileno Gomes (PSL) – há 30 para cada um.

O ESPECIALISTA

‘Número de assessores facilita campanha permanente’

O cientista político do Mackenzie, Rogério Baptistini, avalia que a contratação desse contingente de funcionários facilita os interesses eleitorais dos parlamentares. “Os deputados com todos esses assessores ficam em campanha permanente, porque boa parte desses funcionários ficam nas cidades garantindo os currais eleitorais”, afirma. Ele defende uma reforma para criar outros limites para o número de postos. “Se torna um cabide de empregos para políticos e não para fazer a grande política de representar o cidadão. Usam esses cargos para colocar seus militantes. É preciso uma reforma muito drástica que alcance o poder legislativo. Teria de limitar as verbas e criar um limite de assessores, porque da forma como está, traz um ônus para a população”, completa. P

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